sábado, 4 de abril de 2009

RISO SOLTO e RINGUE DA COMÉDIA

Dois espetáculos, mesmo teatro (Vanucci), quatro atores. Três do Ringue, um do Riso. Começando pelo Ringue.

Ringue da Comédia é mais um espetaculo de esquetes ao estilo Terça Insana, Os Pândegos, PoutpourRir, Cócegas, Surto... mais um. Nada além, nada além de uma ilusao... So posso criticar os atores, pq nao tem cenário nem luz e o figurino é bem simples para cada um dos personagens criados. O ator mais seguro é o André Silveira, conhecido pelo seu trocador de onibus que se apresentou no Domingão do Faustão. Mas tirando o trocador, seus outros personagens nao merecem grandes destaques. Tem uma atriz, que infelizmente nao sei o nome, que está ótima no personagem que imita Marisa Monte. Essa menina vai longe, pois tem voz, canta bem e seus personagens sao completamente diferentes um do outro. Tem ainda uma lourinha que só destaco um personagem que ela faz imitando uma ninfeta cuja fala é problemática e a gente nem entende muito o que ela fala. Muito bom. De resto, é mais uma comédia neste ringue que é nossa vida teatral carioca.

Riso Solto é o solo do Alessandro do Vale. Ele está excepcionalmente seguro no palco. Acompanho o Alessandro há pelo menos 3 anos e vi seu amadurecimento e sua perseverança. Eu sempre acredito que o exercício da presença no palco é o único remédio para se conseguir um ótimo desempenho diante das câmeras de TV. E Alessandro ouviu meus conselhos há muito tempo ditos. A peça é uma bobagem, também costura de pequenos esquetes. É o que chamamos de “show de humor”, onde, pra variar, o Zé Povinho se amarra. As velhas piadas sobre homossexuais estão lá. E todos se acabam de rir. As velhas piadas sobre Deus estão lá e... adivinhem? Idem! Ponto pro Zé Povinho. E com essa troca entre Alessandro e o publico, quem ganha é o espetáculo. É a diversão. A peça tem até cenário, muito bem construído e desenhado, que abriga todo o figurino que Alessandro usa em cena para divertir o publico no seu show de humor. É, sem duvida, um show feito com amor. Amor pela arte de divertir a platéia, amor pelo seu oficio. O texto deixa a desejar, mas o que me importa seu carinho agora... e por aí vai. E se agrada ao Zé Povinho... como diria Ancelmo Góis... deve ser terrível... você sabe.

Não deixem de assistir aos espetáculos e de tirarem suas próprias conclusões. Pra quem não quer pensar e apenas dar uns risos soltos aqui e acolá, neste ringue da comédia que é nossa vida, vá ao Teatro Vanucci e divirta-se!

Abraços!

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